Dívida pública federal tem alta de 1,51%

por | 29 mar, 2023

 

Da Agência Reuters

 

A dívida pública federal subiu 1,51% em fevereiro sobre janeiro, para 5,856 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira. No período, a dívida pública mobiliária federal interna somou 5,617 trilhões de reais, enquanto a dívida pública federal externa atingiu 239,1 bilhões de reais.

Conforme o Tesouro, do total da dívida pública federal no final de fevereiro, 24% correspondiam a títulos prefixados, 31% a títulos vinculados a índices de preços, 41% a papeis com taxas flutuantes e 4% a papeis cambiais.

Em fevereiro, o aumento de 1,51%, equivalente a 87,31 bilhões de reais, deveu-se, conforme o Tesouro, à emissão líquida de dívida pública federal de 32,93 bilhões de reais e à apropriação positiva de juros de 54,38 bilhões de reais.

O órgão informou ainda que a reserva de liquidez da dívida pública –uma espécie de “colchão” para o pagamento dos compromissos– subiu 4,43% em termos nominais em fevereiro, para 995,66 bilhões de reais.

Apesar desse aumento, houve uma redução do índice de liquidez, entendido como o número de meses em que o “colchão” é suficiente para cobrir a dívida que vem pela frente. Conforme o Tesouro, este índice passou de 7,62 meses em janeiro para 6,87 meses em fevereiro.

De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro, Luis Felipe Vital, o movimento se deu porque o vencimento de dívida em março é elevado. Uma apuração preliminar já excluindo o pagamento dos compromissos de março mostra que o índice salta para 9,07 meses, informou.

“Os números de colchão de liquidez sofrem variações grandes ao longo do mês. Isso não muda a estratégia do Tesouro”, comentou Vital durante entrevista à imprensa. “O Tesouro está muito seguro e tranquilo quanto ao volume de caixa. Nossa estratégia de financiamento prevê manutenção do caixa em níveis próximos do que encontramos no início deste ano.”

Segundo ele, o Tesouro também trabalha para manter um índice de liquidez acima de três meses.

 

Confira outras notícias da editoria ECONOMIA clicando aqui.