Da Agência Reuters
A Eletronuclear informou nesta quinta-feira que recebeu do Ministério do Meio Ambiente relatórios de fiscalização e autos de infração após um vazamento, no ano passado, de água contendo substâncias de baixo teor de radioatividade da usina Angra 1. A declaração consta em nota enviada à imprensa após o caso ter sido divulgado pelo jornal O Globo. Segundo a reportagem, a Eletronuclear teria demorado 21 dias para comunicar o Ibama e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) sobre o vazamento na Baía de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ).
A estatal disse que, em setembro do ano passado, Angra 1 fez uma “liberação não programada” de um pequeno volume de água contaminada. Alegou ainda que, como os valores da liberação se encontravam abaixo dos limites da legislação que caracterizam a ocorrência de um acidente, tratou o evento como incidente operacional e informou-o nos relatórios regulares previstos.
“Inicialmente, por conta própria e depois sob demanda do Ibama, a empresa intensificou a monitoração radiológica no local de despejo das águas fluviais sem encontrar nenhum resultado significativo”, diz a nota da Eletronuclear.
A empresa recebeu autos de infração na semana passada e disse que, embora respeite a avaliação dos técnicos do Ibama, “pretende recorrer junto ao órgão, uma vez que entende ter cumprido o que determina a legislação”.
Quanto à acusação de falta de transparência, a empresa afirmou que os comunicados sobre o assunto foram publicados em seu site.
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